MUNICÍPIOS DO MARAJÓ E CALHA NORTE RECEBERÃO ENERGIA DE QUALIDADE

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Cerca de R$ 250 milhões vão ser investidos pelo Governo do Estado e pelas Centrais Elétricas do Pará (Celpa) para levar energia de qualidade e estável para municípios do Marajó e da Calha Norte, na região oeste do Pará. No total, 10 municípios serão beneficiados, além de vilas e comunidades rurais. O valor foi anunciado durante a assinatura de um protocolo de intenções nesta quarta-feira (20) entre o Governo do Estado e a Celpa.

Os recursos serão de R$ 120 milhões por parte do Governo, através do Programa de Investimentos em Áreas Sociais (PIS), cabendo à Celpa investir os outros R$ 130 milhões. Atualmente, grande parte dessas duas regiões é abastecida por grupos geradores, que são sistemas mais caros, pois dependem do preço do óleo diesel, e também menos estáveis, por exigirem muita manutenção nos equipamentos utilizados. “Essa é uma necessidade histórica e grande do Marajó. Lembro que ainda criança, na década de 80, a gente já ouvia falar em linhão e, finalmente, estamos deixando só de ouvir falar para ver com nossos próprios olhos. Tenho certeza da alegria que será para o nosso povo quando ele estiver concluído”, afirma Consuelo Castro, prefeita de Ponta de Pedras e presidente da Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (Amam).

As obras no Marajó começam após a passagem, pela baía, do cabo subaquático que conduzirá a energia. Pelo entendimento entre Estado e Celpa, serão contemplados os municípios de Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras, Soure e Salvaterra. Somente após a interligação dessas quatro cidades ao sistema elétrico nacional, é que o projeto de interligação avançará para os municípios da Calha Norte, que contemplam aproximadamente 600 km de linhas.

Para o governador do Estado, Simão Jatene, esse projeto inaugura um novo ciclo de desenvolvimento para essas regiões. “Eu nasci no interior e durante muito tempo também vivi a história da luz que era ligada às 7h e desligada às 22h. Tínhamos lamparina e velas pela casa toda. Isso parece pré-histórico, mas era a realidade do Marajó há bem pouco tempo. É que o desafio do desenvolvimento nos impõe algumas coisas, entre elas, energia, comunicação, internet… Então, hoje demos um passo significativo para que esses municípios se libertem de vez das amarras do subdesenvolvimento”, analisa o governador.

Simão Jatene chama a atenção, ainda, para o fato dos investimentos serem feitos em um momento delicado economicamente no Brasil. “O País vive uma das mais graves crises de sua história recente. Então, não deixa de ser uma ousadia você investir R$ 250 milhões em tempos como esses”, observa o governador.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki, que fez a interlocução pelo Estado com a Celpa, garante que com a oferta de uma energia segura, estável e de qualidade, será possível atrair novos investimentos, que eram limitados pela falta desse sistema. “Quando você fala em instalar uma grande empresa, a primeira coisa que se precisa é de uma oferta estável de energia. Não tínhamos isso. Agora você tem pela frente um horizonte de novas possibilidades e, com certeza, de crescimento para o Marajó e toda a Calha Norte”, explica.

“É uma satisfação enorme contribuir para o desenvolvimento do Pará. Estamos muito felizes em poder assinar esse documento e fazer parte de um programa social como esse, que vai nos permitir levar energia mais segura para a população e ainda reduzir o uso do óleo diesel, o que ainda é uma contribuição ambiental muito grande”, conclui Raimundo Nonato Castro, presidente da Celpa.

Também estiveram presentes na reunião o chefe da Casa Civil, José Megale, diretores da Celpa, o deputado federal Wladimir Costa e os deputados estaduais Eliel Faustino, Miro Sanova, Olival Marques e Celso Sabino, além da prefeita de Faro, Marinete Costa, e do prefeito de Alenquer, Carlos Cambraia. Fonte: AGPA

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